O Twitter é uma forma de jornalismo?
(Artigo do Nieman Reports, USA Today analisa esta questão)
"Para muitos jornalistas e guardiões da profissão, a idéia de que algum jornalista possa voluntariamente adotar um espaço mais curto é horripilante e burra", escreve o repórter político John Dickerson na mais nova edição da Nieman Reports. Mas, diz ele, o "Twitter não ameaça as tradições do nosso trabalho. Ele acrescenta, em vez de subtrair, ao que nós fazemos."
O Twitter tornou-se uma forma cada vez mais popular de microblog, permitindo que os usuários publiquem mensagens instantâneas para amigos em sua rede de contatos em pequenos textos de até 140 caracteres - mesmo tamanho de uma mensagem instantânea enviada pelo celular.
Mas será que o Twitter é uma forma de jornalismo? O USA Today, nesta semana, o comparou a um hipertransmissor de fofocas. Ao passo que o serviço incha de usuários (de 200 mil em maio de 2007 para 2 milhões hoje), as empresas jornalísticas começam a utilizá-lo para dividir notícias de última hora e jornalistas individuais vêm encontrando nele um lar conveniente para informações que não cabem no impresso. Como observa Dickerson:
"Enquanto passo quase todo o meu tempo na estrada, atualmente, cobrindo as campanhas presidenciais, o Twitter é o lugar perfeito para todas aquelas observações que escrevi nas centenas de bloquinhos que tenho guardados na minha garagem de coberturas de campanhas e outras reportagens ao longo dos anos. Dentro desses blocos estão pequenos pedaços de vida que captei ao longo do caminho. Às vezes, eles fogem demais do assunto ou são inconseqüentes demais para colocar numa reportagem. Às vezes, são pequenas noções ou pensamentos paralelos que se tornam o lead de uma reportagem. Todos eles encontraram seu lar no Twitter."
No Brasil, o programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, abriu um canal para a participação de usuários do Twitter. A cada programa, três usuários do serviço participam no estúdio, contando bastidores do programa e interagindo com os espectadores. O jornalista André Deak, que participou nesta semana, fez em seu blog algumas observações sobre a experiência.
Para obter dicas sobre como usar o Twitter para cobrir eventos ao vivo, veja este texto de Amy Gahran.
Fonte: http://knightcenter2.communication.utexas.edu/?q=pt-br/node/1201
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