O PAPEL DO JORNAL
Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, critica em artigo a estratégia (veja matéria no próprio site do O Globo) das Organizações Globo de produção e distribuição integrada de conteúdo que transformou o Globo Online e o jornal O Globo numa única marca: O Globo. Para ele, não fica claro onde ficará o papel analítico do jornal e de que forma a interatividade contribuirá efetivamente para o leitor. "Além do investimento publicitário e a promessa de iniciar imediatamente a transmissão de notícias pelo celular, o projeto não tem novidade.Todos os grandes grupos de mídia desenvolvem seus esquemas de interatividade. Sobretudo os que se assumiram como parte da "indústria jornalística" e abriram mão da sua função institucional dentro da sociedade democrática", contesta Dines. Alberto Dines é autor do livro clássico de jornalismo "O Papel do Jornal" (de 1974) , que parece ter sido o inspirador da campanha do Globo.
PRODUÇÃO EM MOBILIDADE
Mas será que os repórteres do O Globo irão mesmo começar a desenvolver conteúdo em mobilidade ?
A Diretora executiva de O Globo, Sandra Sanches, em entrevista ao Comunique-se foi indagada se "existe alguma mudança para o trabalho do repórter na rua?". Disse: "Sim, uma mudança nos procedimentos. O objetivo é que ao longo da apuração da matéria os repórteres aproveitem cada oportunidade de enriquecer o texto com conteúdo multimídia, voltando para a redação com material de áudio e vídeo sempre que possível".
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