terça-feira, 28 de abril de 2009

EVOLUÇÃO DA REDE 3G

Matéria na Gazeta Mercantil enfoca o avanço da rede 3G no país e conclui: "Mesmo mais lenta, 3G ameaça Wi-Fi". Vamos a matéria:

A Vivo foi a primeira operadora a estrear uma rede 3G no Brasil, em 2004, época em que sua rede abrangia 24 municípios, segundo a consultoria Teleco. Hoje, para se ter uma ideia do avanço dessa tecnologia nos últimos anos, são 565 cidades cobertas por seis diferentes operadoras, número que representa 61,7% da população do País, ainda de acordo com a Teleco.
A expansão leva alguns analistas a questionar se o crescimento da banda larga 3G pode interferir no avanço das redes Wi-Fi que, de acordo com o site JiWire, possuem 4,2 mil hotspots (nome dado ao local onde a tecnologia de acesso a internet sem fio desse tipo está disponível) no País.
Para Elia San Miguel, analista do Gartner, o crescimento do uso da banda larga 3G terá, sim, um impacto na expansão das redes Wi-Fi no Brasil, mas ainda não é possível quantificá-lo. "Acho que a influência é pertinente por conta do modelo de negócio do 3G, que pode ser acessado em qualquer lugar. Isso pode diminuir o atrativo ao Wi-Fi", acredita.
Vinícius Caetano, analista sênior de telecomunicação da consultoria IDC, também crê que a banda larga 3G seja a principal ameaçadora das redes Wi-FI. Ele exemplifica um dos motivos: "No aeroporto, o usuário vai pagar R$ 20 para utilizar a internet via Wi-Fi por um dia, pois essa é a forma de cobrança, mas ele nunca vai utilizar o dia todo". Nesse caso, o 3G seria financeiramente mais viável. "Para acessar a internet por esse meio o usuário desembolsa de R$ 50 a R$ 100 por mês", compara Caetano. Além disso, o modem funciona em qualquer lugar com rede disponível, e não apenas em hotspots.
Por outro lado, Caetano reconhece que, em termos de velocidade da conexão, a rede Wi-Fi ainda leva vantagem. Nelson Ito, gerente de desenvolvimento de negócios para área de telecomunicações da D-Link, fabricante de roteadores (tanto para 3G quanto Wi-Fi), alerta para outro diferencial: segundo ele, o tráfego de dados via 3G é instável e, por isso, as duas tecnologias ainda vão coexistir por muito tempo. Além disso, a base de PCs com Wi-Fi embutido é muito grande, o que não acontece com modems 3G. "As operadoras estão subsidiando o modem USB e por isso o custo desse tipo de banda larga se torna atrativo. Mesmo assim, as duas tecnologias ainda vão conviver".
A Vex, empresa de instalação de redes de hotspots e desenvolvimento de sistemas de acesso Wi-Fi, defende a tecnologia com a qual trabalha: "Wi-Fi é cerca de 40 vezes mais rápida que 3G. Ainda existe uma limitação tecnológica", diz Marcelo Toledo, diretor de TI da empresa.

Fonte: (C.P. - Gazeta Mercantil)

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