"Cross-media", nada mais é do que a possibilidade de uma mesma campanha, empresa ou produto utilizar simultaneamente diferentes tipos de mídia: impressa, TV, rádio ou Internet.
Um dos mais recentes cases de sucesso utilizando-se do cross media foi a Loreal.
O Jornal Estado de Minas traz matéria sobre o assunto:
"O estudante Diego Crisp nunca pensou em pintar os cabelos. Um dia, ao abrir a caixa de e-mails, recebeu, de um amigo, uma mensagem curiosa que o levou a acessar o site “O que está acontecendo com a Grazi?”. No endereço, ele viu o vídeo de uma atriz dizendo ser amiga de Graziela Massafera, a famosa ex-BBB. A suposta amiga instigava as pessoas a escrever, na tela, seu nome e telefone, para que a Grazi ligasse, contando sua última novidade, em tom de fofoca de amigas. Incrédulo, Diego seguiu as instruções, digitando os dados, e viu, surpreso, seu telefone tocar segundos depois. Na ligação, ouviu a voz de Grazi, promovendo uma tintura para cabelos.
“Se fosse um e-mail divulgando de cara o produto, provavelmente eu nem abriria. E, mesmo sem ser público-alvo da Loreal, achei a ação bacana”, conta Diego. Tanto que o estudante contribuiu para a campanha, espalhando o e-mail para vários amigos e ainda comentando a respeito. A campanha é exemplo recente de como a publicidade tem flertado com as novas tecnologias, apostando em conceitos como interação e convergência.
Para Bruno Dreux, sócio da agência Publicidade Interativa, responsável pela criação da campanha, o susto não foi só dos consumidores em potencial que conversaram com Grazi ao telefone: “Nós também nos surpreendemos com a velocidade em que as metas de visualizações foram alcançadas. Essa tecnologia não é novidade no mercado, mas, para muita gente leiga, os efeitos são impactantes”. Ele não revela os números globais que mediram a eficácia da ação, mas garante que já no terceiro dia depois do lançamento do site, em junho, registrou-se o pico de 3 mil ligações por hora.
Envolvendo a sincronização entre a web, o vídeo e o sistema de ligações telefônicas, esse caso é um exemplo do que os especialistas chamam de cross media. Apesar de a tendência ser inquestionável, os caminhos ainda parecem ousados e demandam coragem das empresas, por conta da novidade – ainda mais em um mercado que movimenta um bom dinheiro e quer resultados precisos. “Pensamos na transposição de mídias, cruzamentos de Orkut, MSN, Twitter. A idéia é que a mensagem chegue ao consumidor, independentemente de ele gostar de TV, de internet, de celular ou do que seja”, defende Dreux.
Ainda que o caso da campanha de Grazi seja exemplo divertido, as fronteiras podem ir adiante, segundo o professor Dalton Leal, do curso de comunicação social da Fumec. “Na verdade, o que experimentamos hoje é a tentativa do mercado publicitário de trabalhar o marketing viral, gerando visitações no site e mídia espontânea para a marca. Eu acho que podemos ir além, com as pessoas participando da criação do conteúdo”, reflete.
Leal cita exemplos como os conteúdos independentes da Wikipedia e do Youtube, acrescentando que ações diretamente ligadas ao e-commerce também estão no horizonte das novas experimentações: “No meio digital, ainda não conseguimos experimentar o anúncio que vende. Isso significa que não é só mostrar a marca, mas vender imediatamente, com as facilidades do comércio eletrônico”. "
Fonte: UAI-Estado de Minas
Leia mais sobre Cross-Media:
http://www.dotlink.com.br/t_tecnologia.htm
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