Na propaganda, o consumidor acessa seu notebook dentro do ônibus, no alto de uma serra, perto da praia, feliz da vida. Na prática, não é bem assim, mostra reportagem de Nadja Sampaio publicada na edição de domingo (23/11) do jornal O GLOBO. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) pesquisou o serviço 3G e concluiu que a velocidade é bem mais baixa do que a anunciada, a tecnologia tem cobertura restrita e instável e há dificuldade de conexão. Além disso, algumas operadoras garantem apenas 10% da velocidade que foi contratada e todas impõem fidelidade de 18 meses ao serviço. "Pela regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a banda larga não pode ter fidelização. E, no caso dos celulares, o máximo é de 12 meses, desde que seja oferecida uma vantagem para o consumidor. Se a empresa prometer uma velocidade e não cumprir, o consumidor tem direito de romper o contrato sem pagar a multa" explica a advogada do Idec, Estela Guerrini.
Segundo Estela, em tese, as redes 3G têm potencial para atingir até 7 megabytes por segundo (Mbps). A tecnologia anterior, a 2G ou GSM, também permite acesso à internet pelo celular, mas a velocidade máxima é 354 Kbps. Hoje, quem compra um aparelho apto para a tecnologia 3G, pode estar com a mesma velocidade e cobertura do 2G.
As empresas prometem velocidade de 1 Mbps, mas, nos contratos e propagandas, colocam a observação de que a tecnologia, por ser sem fio, sofre interferências da posição da antena, das condições climáticas e topográficas, do número de usuários conectados na mesma rede etc.
Um comentário:
Show de Bola a matéria. Parabéns pelo trabalho. Um abraço, William
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